Sport

World

Entertainment

Business

Media

Video

Game

Technology

Literature

Candidato presidencial de Moçambique propõe agenda com 20 pontos, baseada em 40 mil sugestões populares

 


Candidato presidencial de Moçambique propõe agenda com 20 pontos, baseada em 40 mil sugestões populares

O candidato presidencial em Moçambique, Venâncio Mondlane, anunciou que está disposto a dialogar com o atual Presidente da República, Filipe Nyusi, mas pretende apresentar uma agenda própria, a fim de evitar "encontros sem propósito". Em sua página no Facebook, Mondlane declarou que aceita o convite de Nyusi para um encontro com os candidatos presidenciais, que visa resolver a crise pós-eleitoral, mas que considera essencial que haja uma agenda pré-estabelecida.

Segundo Mondlane, a agenda que será submetida ao Gabinete de Nyusi contém 20 pontos, cuidadosamente elaborados a partir de mais de 40 mil propostas recebidas de cidadãos moçambicanos. O político afirmou que, após ser formalmente apresentada, a agenda será divulgada ao público, com o objetivo de garantir transparência e refletir as preocupações do povo.

Mondlane também enfatizou que o encontro deve ser aberto à imprensa e representantes da sociedade civil, para garantir a visibilidade e evitar a repetição de diálogos "sem retorno", nos quais a população não tem acesso às discussões.

O convite do Presidente Nyusi foi reforçado após sua chegada a Maputo, na quarta-feira, 20, depois da cúpula da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral em Harare, Zimbabwe. Nyusi afirmou que os candidatos que não comparecessem ao encontro estariam se afastando da busca por uma solução para a crise.

Renamo diz não ter sido convidada

Por sua vez, o porta-voz da Renamo, Marcial Macome, afirmou que o partido não recebeu um convite formal de Nyusi e questionou a agenda do encontro. Macome informou que a Renamo só participaria de uma reunião após uma possível anulação das eleições pelo Conselho Constitucional, o que abriria caminho para um modelo de governo alternativo.

Os protestos em todo o país surgiram depois que as comissões eleitorais provinciais começaram a divulgar os resultados das eleições, que indicavam uma vitória expressiva do candidato da Frelimo, Daniel Chapo. Mondlane, que reivindica a vitória com base nas atas das assembleias de voto, alegou ter obtido 53% dos votos.

Protestos, confrontos e consequências

Após a Comissão Nacional de Eleições confirmar a vitória de Daniel Chapo e da Frelimo, os protestos se intensificaram, resultando em confrontos violentos com a polícia, que, segundo o Presidente, causaram 19 mortes. A oposição, por sua vez, relatou mais de 50 mortos e mais de 800 feridos. A repressão também levou à prisão de mais de 500 pessoas, enquanto 202 enfrentam processos criminais por parte da Procuradoria-Geral da República, que ainda busca uma indemnização de cerca de 32 milhões de meticais (aproximadamente 500 mil dólares) de Venâncio Mondlane e Albino Forquilha, líder do Podemos, por danos patrimoniais alegadamente causados durante os protestos.



0 Comentários

Trending News